Antes do desfile de sete de Setembro, o presidente do Sinplalto, Hely Aires, acompanhando por vários servidores da rede municipal de educação, distribuíram uma carta aberta a toda comunidade Araxaense.
A população apoiou o manifesto dos educadores e leu atentamente o comunicado
Os servidores da rede municipal de educação reivindicam um piso salarial do governo federal baseado na Lei 11.738/08 que fixou o salário base nacional em R$ 1.187. O assunto já foi referendado pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Direta de Inconstitucionalidade impetrada pelos governos do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará e Mato Grosso do Sul. O recurso foi negado pelo Supremo no fim de abril deste ano.
A lei estabelece que todo o professor da rede pública de ensino com formação de nível médio deve ter piso salarial de R$ 1.187 e carga horária máxima de 40 horas semanais. A intenção dos servidores da educação é chamar a atenção do governo municipal e reivindicar o piso nacional da educação proporcionalmente a realidade de Araxá. Além disso, a categoria pede a reforma do plano de carreira da educação e rateio do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) para o ano de 2011. Uma comissão foi formada com apoio do sindicato que estará providenciando uma mobilização da classe para apresentar uma pauta completa ao município.
Abaixo a carta distribuída a comunidade no desfile de 7 de setembro
CARTA ABERTA À COMUNIDADE
Com esta manifestação, nós professores da Rede Municipal de Ensino, queremos mostrar nossa real condição.
Todos se dizem especialistas em Educação e se sentem no direito de criticar nosso trabalho. Mas estes não conhecem a realidade de uma sala de aula.
Enfrentamos diariamente, além da nossa função de professor, diversas situações onde temos que nos tornar psicólogos, assistentes sociais entre outros e muitas vezes de mãos atadas temos que mostrar resultados que satisfaçam o Poder Público ( IDEB X REALIDADE ).
O desgaste físico e psicológico é enorme. As pesquisas mostram o quadro alarmante de profissionais que estão adoecendo. E nossa realidade é que não temos nenhum apoio ou assistência à saúde.
Por outro lado, queremos resgatar a dignidade e o respeito. Pois “ tudo” recai sobre à Educação. Para piorar a situação recebemos um piso salarial de R$ 660,00.
Queremos um piso salarial de acordo com a Lei Federal que valorize a classe de servidores da Educação.
Pressão por resultados milagrosos
Somos profissionais da educação, merecemos respeito,valorização e salário digno!!!
Desvalorização do profissional, plano de carreira inadequado e não aplicado.
PROFESSORES CONSCIENTES.