69,43% dos servidores querem que o sindicato organize um Projeto de Iniciativa Popular para reduzir os salários dos agentes políticos araxaenses
O funcionalismo público municipal quer a redução de salário do prefeito (R$ 20 mil), vice prefeita (R$ 15 mil), secretários (R$12,5) e vereadores (R$ 8 mil). De acordo com a enquête realizada pelo site do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Araxá e Região (Sinplalto), 69,43% dos servidores querem que o sindicato organize um Projeto de Iniciativa Popular para reduzir os salários dos agentes políticos araxaenses independente do resultado da negociação da Data-Base 2013. Já 20,73% deseja que o projeto seja colocado em pratica somente se não houver aumento para os servidores municipais. Apenas 9,84% das pessoas que participaram da enquête acreditam que os salários dos agentes políticos são justos e não querem a redução salarial.
O secretário municipal de Planejamento e Gestão, Alex Ribeiro, apresentou através de oficio uma proposta de revisão salarial para ser transformada em projeto de lei que estipula um índice de recomposição salarial de 6,5% para o quadro geral da administração direta da Prefeitura Municipal de Araxá durante a reunião da Câmara Municipal da última terça-feira, 30. Em matéria divulgada pelo site Clarim.net na na última quarta-feira, 31, o prefeito Jeová Moreira da Costa disse que ainda não é possível conceder o reajuste salarial de 6,5% para o quadro geral, como vem sendo discutido. Segundo ele, neste momento, será adotado apenas o Piso Nacional da Educação para professores e adjuntos concursados e contratados. “Diante de toda essa situação que estamos vivendo de três meses para cá, achamos muita irresponsabilidade a gente dar um aumento agora nesta proporção discutida com o sindicato”, afirmou o prefeito.
O prefeito disse em entrevista ao Clarim que não seria possível conceder o reajuste. “Nós vamos fazer o ajuste da receita e despesa e temos como prioridade número um a folha de pagamento, seguida do custeio e, terceiro, o investimento. E dentro da folha de pagamento, nós temos a exigência da Lei Federal de Responsabilidade Fiscal, que não podemos ultrapassar a faixa colocada pela lei. Então, dentro de todos esses estudos, é que depois que estivermos com tudo em mãos, tudo com uma transparência muito grande, é que vamos estar sensível a fazer esse aumento”, diz. Ele acrescenta que o pagamento do Piso Salarial da Educação (R$ 1.175 para uma carga horária de 27 horas semanais) é uma obrigação que será cumprida pela administração. “O quadro geral vai passar por um choque de gestão e vamos estudar todo o conjunto em termos de plano de cargos e salários, aposentadoria, capacitação, premiação, que vai fechar dentro de um modelo que eu vejo que hoje a gestão pública está sendo cobrada da opinião pública”, ressalta.