70,79% dos servidores que participaram da enquête apontam problema gerado
O impasse criado pelo prefeito Jeová Moreira da Costa entre dentistas e os demais servidores da Secretaria Municipal de Saúde afetará o atendimento na rede pública municipal de saúde. De acordo com a enquête realizada pelo site do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Araxá e Região (Sinplalto), 70,79% dos servidores acreditam que o problema gerado pela administração municipal prejudicará o atendimento da população. 29,21% dos servidores não acreditam que a lei (36/2012) que concede reajuste do piso salarial dos dentistas que atendem pela rede pública municipal de R$ 900 para R$ 1.866 criará problemas entre os profissionais do setor.
O principal impasse é a reivindicação dos demais servidores da Secretaria Municipal de Saúde que querem o mesmo valor para o piso salarial de suas áreas. Na tentativa de solucionar a questão, o Sinplalto apresentou três propostas para acordo entre as partes (Reajuste de 20% e Redução da Carga Horária de Trabalho; Negociação da Data-Base; Plano de Cargo e Salário). Todas foram rejeitadas pelo prefeito que ressaltou que só voltará a conversar com os servidores ou o sindicato após as eleições municipais.
De acordo com o prefeito Jeová, os dentistas buscaram o respaldo do projeto de lei 36/2012 em uma lei federal para a iniciativa privada que estipula o piso salarial de três salários mínimos para a categoria e que não poderia conceder qualquer reajuste antes das eleições municipais. Sobre a Data-Base (Prevista na Leio Orgânica para maio próximo), Jeová ressaltou que há oito anos não existia Data-Base e que agora estava entrando no período atípico e não tratará de assunto que diz respeito a aumento, reajuste ou outro tipo de benefício em ano eleitoral.
Segundo o chefe do Executivo, o plano de cargo e salário, que já foi elaborado pelas servidoras da Saúde, também não será implantado. O prefeito relutou em aceitar a proposta e justificou que somente voltará a falar com servidores ou sindicato no dia 08 de outubro próximo, um dia após a eleição, porque ele não correrá o risco de ser multado, o que não aconteceria neste caso do projeto a ser enviado a Câmara.