“Achamos muita irresponsabilidade a gente dar um aumento agora nesta proporção discutida com o sindicato”, afirmou o prefeito Jeová
O secretário municipal de Planejamento e Gestão, Alex Ribeiro, apresentou através de oficio uma proposta de revisão salarial para ser transformada em projeto de lei que estipula um índice de recomposição salarial de 6,5% para o quadro geral da administração direta da Prefeitura Municipal de Araxá durante a reunião da Camara Municipal da última terça-feira, 30. Em matéria divulgada pelo site Clarim.net na manha desta quarta-feira, 31, o prefeito Jeová Moreira da Costa disse que ainda não é possível conceder o reajuste salarial de 6,5% para o quadro geral, como vem sendo discutido. Segundo ele, neste momento, será adotado apenas o Piso Nacional da Educação para professores e adjuntos concursados e contratados. “Diante de toda essa situação que estamos vivendo de três meses para cá, achamos muita irresponsabilidade a gente dar um aumento agora nesta proporção discutida com o sindicato”, afirmou o prefeito.
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Araxá e Região (Sinplalto) anunciou que seria encaminhado pelo Executivo à Câmara Municipal um projeto de lei de recomposição salarial dos servidores nesta terça-feira, 30. O anúncio foi feito após reunião entre o secretário municipal de Planejamento e Gestão, Alex Ribeiro, e a Comissão de Negociação da Data-Base realizada na segunda-feira, 29. Também participaram dessa reunião, os vereadores Marcílio Faria (PT), Carlos Alberto Ferreira (Cachoeira/PDT) e o secretário municipal de Desenvolvimento Humano, José Domingos Vaz. Mas durante a reunião ordinária desta terça-feira, 30, os vereadores Marcílio e Cachoeira apresentam uma proposta ainda a ser transformada em projeto de lei.
E no final da tarde, o prefeito disse em entrevista ao Clarim que não seria possível conceder o reajuste.
“Nós vamos fazer o ajuste da receita e despesa e temos como prioridade número um a folha de pagamento, seguida do custeio e, terceiro, o investimento. E dentro da folha de pagamento, nós temos a exigência da Lei Federal de Responsabilidade Fiscal, que não podemos ultrapassar a faixa colocada pela lei. Então, dentro de todos esses estudos, é que depois que estivermos com tudo em mãos, tudo com uma transparência muito grande, é que vamos estar sensível a fazer esse aumento”, diz. Ele acrescenta que o pagamento do Piso Salarial da Educação (R$ 1.175 para uma carga horária de 27 horas semanais) é uma obrigação que será cumprida pela administração. “O quadro geral vai passar por um choque de gestão e vamos estudar todo o conjunto em termos de plano de cargos e salários, aposentadoria, capacitação, premiação, que vai fechar dentro de um modelo que eu vejo que hoje a gestão pública está sendo cobrada da opinião pública”, ressalta.
O presidente do Sinplalto, Hely Aires, convocará a Comissão de Negociação e a Assessoria Jurídica do sindicato para tomar as atitudes cabíveis. “Não vamos falar mais nada. Agora, é tomar as atitudes cabíveis. O prefeito Jeová ta fazendo os servidores de palhaço. Um aumento de 6,5% para o quadro geral, sem um reajuste no cartão do Vale Alimentação, já era ridículo. É esmola! Não é nem a metade do que pedimos na pauta de reivindicação. Entramos em contato ontem (terça-feira, 30) para saber porque o projeto não tinha sido encaminhado ao Legislativo. A informação que nós foi repassada é que o prefeito Jeová Moreira da Costa não estava na cidade para assinar o projeto de lei. Mas era mentira! É uma falta de respeito com a categoria. Não vamos falar mais nada. Vamos agir”, destaca o presidente do Sinplalto.