

Documento será apresentado ao prefeito nesta quinta-feira, 18. Sindicato dos Servidores (Sinplalto) diz que objetivo é negociar, mas que outras ações não estão descartadas.
Pais, familiares e crianças que estudam nos Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEIs) de Serra do Salitre vivem a expectativa para o fim do impasse do reajuste salarial das monitoras das unidades. Uma proposta foi elaborada em parceria com uma comissão de vereadores nesta segunda-feira, 15. O documento será apresentado ao prefeito João Vicente nesta quinta-feira, 18, às 15h, na sede da prefeitura municipal.
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Araxá e Região (Sinplalto) aguarda uma desfecho para o problema. “Acreditamos que o prefeito vai considerar a proposta, valorizar a categoria e conceder o reajuste. Nosso objetivo é negociar, sempre foi buscar um consenso. Greve e ação judicial são as últimas alternativas. Mas, caso o acordo não seja firmado, ações integradas podem ser implementadas ”, afirma o diretor Hely Aires.
Dentre as reivindicações propostas pelas monitoras da educação infantil e a Comissão da Câmara Municipal, composta pelos vereadores Carlos Alberto Pereira, Elio Luiz dos Reis e Luiz Correia da Silva (Lula), estão um salário mensal de R$ 1.140 para uma jornada de 30 horas semanais; gratificação para monitoras com Graduação e Pós-Graduação em Pedagogia e reajuste retroativo a 1º de janeiro de 2015.
Durante a reunião do Legislativo, o vereador Lula diz que essa será a última tentativa de negociação. “Procuramos o prefeito, falamos da necessidade de valorizar as monitoras e ele pediu para fazermos uma proposta. Sentamos com elas e elaboramos o documento. Agora, vamos apresentar e acreditamos no acordo. Se o prefeito não aceitar negociar, vou apoiar as monitoras nas decisões que elas tomarem”, garantiu o vereador.
O diretor do Sinplalto diz que toda estrutura do sindicato está disponível ao servidor serralitrense. “Hoje, o Sinplalto não está com uma unidade aberta em Serra do Salitre por questões de viabilidade financeira e de pessoal. Não recebemos a contribuição sindical deste ano e nem mesmo a mensalidade que é descontada do servidor filiado. Já notificamos a administração municipal três vezes e não tivemos resposta. Cadê o dinheiro? Onde foi parar os recursos da contribuição sindical e das mensalidades descontadas dos servidores? É com esse dinheiro que mantínhamos a subsede aberta. Além disso, ainda não encontramos uma pessoa para contratar com disponibilidade de realizar viagens e realizar cursos de formação sindical.”
“Mesmo com todas essas dificuldades, temos trabalhado pelo servidor municipal serralitrense. Só nos últimos dez dias tivemos três reuniões com as monitoras da educação infantil. Buscamos junto à especialista em Educação e do Fundeb, Marlene A. Chaves Gonçalves, um parecer sobre os direitos das profissionais da educação infantil. Temos embasamento jurídico para entrar com um mandado de segurança ou ação ordinária para garantir esses direitos, contrariando o parecer jurídico da prefeitura que nega o piso salarial a categoria. Ou seja, estamos trabalhando muito e preparados caso a negociação com o prefeito João Vicente não seja concretizada. O que o servidor decidir fazer, nós vamos colocar toda nossa estrutura a disposição”, ressalta Hely.