Cerca de 5 toneladas de documentos públicos foram destruídos. Prédio, que foi sede da Prefeitura de Araxá no Governo Jeová, estava sem energia elétrica e com janelas arrombadas
Uma ação criminosa pode ter sido a causa do incêndio no antigo Hotel Colombo que destruiu mais de 5 toneladas de documentos públicos na noite da última sexta-feira, 6. O prédio que foi sede da Prefeitura de Araxá até 2014, estava sem energia elétrica e com portas e janelas arrombadas. Pilha de papéis, livros de registros, pastas de arquivos, fichários, protocolos de processos e outros documentos amontoados no canto de um dos cômodos e incendiados. As janelas e o piso de madeira da construção foram afetados pelo fogo e a sustentação foi comprometida. De acordo com a Polícia Civil a suspeita é que o incêndio tenha sido criminoso.
As chamas foram controladas por uma guarnição do Corpo Bombeiros, a ocorrência foi registrada pela Polícia Militar e a Perícia Técnica da Polícia Civil esteve no local para a apuração do fato. De acordo com a Prefeitura de Araxá, o fogo danificou documentos de descarte (cópias) e não houve danos estruturais ao patrimônio predial. Os trabalhos estão acompanhados pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Cidadania, pela Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos e pela Procuradoria-Geral do Município. Portas e janelas de acesso ao prédio foram isoladas pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos para reforçar a segurança do local e o que restou dos documentos incendiados retirados do local para analise do departamento técnico da administração municipal e Polícia Civil.
“Hospede” tinha armadilha contra invasores
Um linha de pescar amarrada no portão que dava acesso aos fundos do antigo Hotel Colombo até uma latinha de cerveja que ficava no quarto 112, no segundo andar do prédio. Quando alguém batia no portão, a linha esticava e derrubava a latinha vazia, alertando sobre a chegada de alguém. Essa era armadinha que um “hospede” da antiga sede da Prefeitura de Araxá tinha adaptado contra invasores. O homem, que alegava morar no local com autorização do ex-prefeito Jeová Moreira da Costa, não estava no prédio no momento do incêndio que destruiu cerca de 5 toneladas de documentos públicos e está desaparecido.
A atual administração municipal já havia solicitado oficialmente, com registro em cartório, a saída do homem do prédio público há alguns dias. Porém, ele parece não ter obedecido a determinação. Camisetas, televisão, ferramentas, escova de pentear cabelo, sabonete, toalha, água para beber e até um celular ainda estava no local.