SINPLALTO repudia tentativa do governo federal de congelar salários de trabalhadores do serviço público.
O Sinplalto repudia a iniciativa do governo federal, anunciada através da imprensa, de congelar por dois anos os salários dos servidores públicos. Tal medida é oportunista, inconstitucional e inadequada do ponto de vista econômico.
O Brasil se encontra num momento delicado devido a pandemia do Covid-19, momento de recessão econômica, onde o congelamento dos salários dos funcionários públicos não seria correto para melhorar a economia do país. Estamos ainda no início da crise, essa perda salarial pode ser um risco para a economia, além de não resolver qualquer problema, violará os direitos trabalhistas e fragilizará ainda mais sociedade brasileira.
A proposta além de imoral e oportunista, configura fato gerador de empréstimos compulsórios e não pode, portanto, se restringir a uma classe específica
Ademais, a discriminação do funcionalismo público, pelo atual governo, só interessa aos inimigos dos serviços e direitos sociais que só o Estado pode garantir, como está casualmente comprovado nesse cenário em que o mundo e o Brasil enfrentam uma pandemia e os sistemas públicos de saúde que estão a trabalhar a uma real finalidade, está sendo finalmente reconhecida a importância fundamental para os povos do mundo.
“Muitos servidores estão atuando no combate à Coranavírus diretamente e indiretamente. Falo dos profissionais da saúde e da segurança. Também há muitos servidores públicos trabalhando em sistema home Office,” disse a presidente Marlene Apolinário.
O ministro Paulo Guedes, não reconhece o valor do servidor público. Esse descaso é fato. E infelizmente são os “poderosos” que devem resolver as coisas.
Além do mais, quando se considera que a média salarial da grande maioria dos servidores, inclusive do Judiciário dos estados, está muito distante do seleto rol de categorias que estão no topo das carreiras públicas e costumam ser alvo de críticas por conta de seus ganhos e prerrogativas funcionais.
O governo e boa parte da mídia comercial fecham os olhos para a gritante situação de concentração de renda no Brasil. Relatório da Oxfam divulgado em janeiro passado aponta que o 1% mais rico da nossa população acumula 28% da riqueza do país, índice inferior apenas ao do Catar, um emirado absolutista e hereditário.
No conjunto do planeta, o quadro não é muito diferente. Também segundo o relatório da Oxfam, os 2.153 bilionários do mundo possuem hoje uma renda igual à de 4,6 bilhões de pessoas, 60% da população global. O 1% mais rico do globo acumula o dobro da renda de 6,9 bilhões – a população mundial neste momento é de 7,7 bilhões.
Um governo sério, que queira promover a justiça social, de primeira mão poderia aumentar a taxação dos mais ricos e das grandes empresas, sobretudo no universo das transações financeiras.
O Sinplalto, adianta aos seus filiados que jamais aceitará qualquer proposta a esse confisco anunciado de véspera e seguirá lutando , para evitar mais esse ataque à sociedade brasileira.
Marlene Apolinário
Presidente do Sinplalto