Enquête realizada pelo Sinplalto tem recorde de votação e 79,03% dos participantes não acreditam que o acordo entre a Prefeitura e o Ministério Público será cumprido
O Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado entre a Prefeitura de Araxá e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para a realização do Concurso Público não foi suficiente para que a população araxaense acreditasse na aplicação das provas do processo seletivo até fevereiro próximo. Em enquête realizada pelo site do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Araxá e Região (Sinplalto), que teve recorde de votação, 79,03% dos participantes não acreditam que o acordo será cumprido pela administração municipal.
Pelo o TAC assinado, a prefeitura, a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e o Poder Judiciário chegaram ao consenso de que o concurso deve ser realizado em no máximo seis meses. Existe a possibilidade de aproveitar as oito mil inscrições que foram feitas anteriormente. Se não houver como, o dinheiro será devolvido e abrir novas vagas. Uma nova empresa será contratada por meio de licitação ou por contratação direta de instituição pública, passando pelo crivo da prefeitura e do Ministério Público. O concurso vai selecionar 1,6 mil funcionários. Uma nova reunião está marcada para o dia 7 de outubro, quando os detalhes finais do processo serão acertados. A administração tem até o dia 26 de fevereiro de 2012 para efetivar o processo.
O presidente do Sinplalto, Hely Aires, diz que a enquête realizada pelo site do sindicato representa bem a opinião da população araxaense. “Tivemos uma votação muito expressiva na enquête realizada na semana passada e o resultado foi até surpreendente. Não esperávamos que um grande número de pessoas não confiasse no acordo assinado entre a Prefeitura de Araxá e o MP, já que foi algo tratado em juízo e com a presença da imprensa. Mas, o que podemos perceber é que falta credibilidade por parte da administração municipal. Por tudo que está acontecendo politicamente no município e as atitudes que prefeito Jeová Moreira da Costa tem tomado ultimamente contribuiu muito para essa votação tão expressiva e que foi repetida em outros veículos de comunicação da cidade.”
Segundo Hely, a situação política do município é outro fator que pode contribuir para a não realização do concurso. “Devemos passar por um momento delicado no município e, pela situação de instabilidade e indefinição política, muitas situações de licitações e acordos assinados terão um processo bem mais lento. Além disso, 2012 é um ano eleitoral e a administração municipal tem até fevereiro para realizar o processo ou não poderá realizá-lo só em 2013. Por todo clima criado, considero muito difícil a realização do concurso. Estamos acompanhando atentamente o assunto e nos informando diariamente sobre as ações realizadas pelo prefeito para viabilizar o processo seletivo o quanto antes. O Concurso é extremamente necessário para a cidade e todos estão muito ansiosos para a realização.”