Proposta foi apresentada pela secretária municipal de Educação, Maria Célia de Castro, as diretoras das escolas na última terça-feira, 6.
Em busca de um entendimento com os profissionais da rede municipal de Educação, a Prefeitura de Araxá anunciou que realizará reuniões em cada instituição de ensino do município. O objetivo é identificar as reivindicações da categoria e atender os pontos consideráveis viáveis pela administração municipal. A proposta foi apresentada pela secretária, Maria Célia de Castro, as diretoras das escolas, após a reunião convocada pelo prefeito Jeová Moreira da Costa na última terça-feira, 6, que tentou impedir o manifesto dos professores durante o Desfile de 7 de Setembro.
Os servidores da rede municipal de educação reivindicam um piso salarial do governo federal baseado na Lei 11.738/08 que fixou o salário base nacional em R$ 1.187. A lei estabelece que todo o professor da rede pública de ensino com formação de nível médio deve ter piso salarial de R$ 1.187 e carga horária máxima de 40 horas semanais. A categoria promoveu um manifesto durante o Desfile de 7 de Setembro, na última quarta-feira, 7.
A intenção dos servidores é chamar a atenção do governo municipal e reivindicar o piso nacional da educação, proporcionalmente a realidade de Araxá. A categoria também pede a reforma do plano de carreira da educação e o rateio do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para o ano de 2011. Uma comissão foi formada com apoio do sindicato que estará providenciando uma mobilização da classe para apresentar uma pauta completa ao município.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Araxá (Sinplalto), Hely Aires, diz que as reuniões com cada instituição de ensino não interessa a categoria. “Os servidores da Educação não querem mais reuniões. Chega! Não existe pagamento por produtividade, no momento, não tem outra reivindicação a não ser o aumento no salário, a reforma do plano de carreira da educação e o rateio do Fundeb. O prefeito, a secretária de Educação, todos da administração municipal sabem disso. Não tem necessidade de realizar reuniões em cada escola. Alias, a categoria é uma só e qualquer negociação deve ser feita de forma coletiva.”
Segundo Hely, a reunião de terça-feira, 6, também foi uma tentativa da administração municipal impedir o manifesto de 7 de Setembro. “Fizemos vários contatos com o prefeito Jeová na tentativa de promover uma reunião com os professores, mas nunca fomos atendidos. Na única oportunidade que tive em reunir com o prefeito, ele deixou claro que não iria conceder o piso e o reajuste anual. Até mesmo os professores tentaram uma reunião e não tiveram êxito. Na última terça-feira, 6, a reunião foi marcada as pressas e ficou claro o objetivo da administração municipal. Agora, a paciência dos professores acabou. Vamos reunir a categoria e tentar um mobilização mais dura, como por exemplo, uma paralisação”, destaca o presidente.