Algumas cidades do Estado e prefeitos da região decidiram aderir à mobilização geral convocada pela Associação Mineira de Municípios (AMM) hoje dia 21 de agosto, em Belo Horizonte, às 13h, ou seja, concentração na Cidade Administrativa para seguirem carreata até o Palácio da Liberdade. Além disso, cada município vai definir suas paralisações locais, através de ampla divulgação sobre o quadro de crise enfrentado pelas prefeituras mineiras, em especial nas áreas de saúde e educação.
Em Araxá a Prefeitura Municipal, através do prefeito Aracely de Paula, não aderiu à concentração e paralisação, mas vai manifestando sua indignação com a falta desses repasses. Em Araxá o valor devido chega próximo da casa dos vinte milhões de reais.
Com o atraso dos repasses do Estado, os municípios estão arcando com recursos próprios as despesas com a Educação, como pagamento de salários dos professores. Ao mobilizar as suas associações microrregionais, a AMM quer alertar a população e o governo do Estado sobre o atraso dos repasses, principalmente para o Fundeb – mostrando o impacto nas contas das prefeituras e as consequências graves desse confisco com o não pagamento dos salários dos professores da rede Municipal.
Durante todo o dia, vão ocorrer manifestação de servidores municipais em todos os 853 municípios mineiros em atos públicos como caminhadas, carreatas, paralisação de serviços, coletivas para imprensa e colocação de faixas de protestos em prédios públicos.
Muitos prefeitos de cidades vizinhas à Araxá estão engajados em demostrar sua força indignação ao Estado através desse movimento.
Uma opinião respeitável, veio do presidente da Amvale e vice-presidente da AMM, Rui Ramos, que foi enfático: “A dívida geral do Estado para com os municípios mineiros estava em R$ 7,6 bilhões, até o último dia 1º.”. “Afeta todos nós prefeitos e demais gestores municipais e causa prejuízos no atendimento à população”.
O Prefeito de Uberaba e vice-presidente da Amvale, Paulo Piau, ”por exemplo,”, enfatizou em seu pronunciamento a preocupação de quitar, em dia, a folha de salários do mês de setembro próximo. Para ele, o crédito das prefeituras junto ao Estado é de um “valor astronômico”, ao argumentar, no entanto, que a movimentação “não é questão política”. Observou que está em discussão é a falta de repasse, pois, o tesouro estadual já arrecadou.
Incisivo – Da mesma forma e extremamente preocupado com a situação, o prefeito de Sacramento, Wesley de Santi de Melo, sinalizou: “É o cúmulo do absurdo. Prefeito, hoje, tem que se preocupar em receber o devido, e mais nada. Queremos nada mais nada menos o que é nosso e que já foi arrecadado.
Ascom/SINPLALTO
Fonte: Jornal de Uberaba