Desde a época em que foi divulgada a realização do concurso público, ainda em 2009, já era grande a demanda para o preenchimento de vagas na administração municipal
Passado exato um ano da realização do concurso público para preenchimento de vagas na Prefeitura de Araxá, grande parte dos aprovados ainda não foi convocada para assumir suas vagas no serviço público da cidade. Foram ofertadas 1.118 vagas para todas as secretarias da administração municipal em um total de mais de 8 mil inscritos.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Araxá e Região (Sinplalto), Hely Aires, lembra que 2012 foi um ano atípico, por se eleitoral. Segundo ele, houve antes mesmo do processo eleitoral uma convocação para alguns cargos que precisavam ser preenchidos, porém a nomeação foi feita somente após as eleições. “Nós deparamos nas últimas semanas com um sexto edital convocando pouco mais de 400 aprovados no concurso, divididos em mais de dez cargos diferentes, para que as documentações sejam apresentadas para a posse. Eles terão um prazo até o próximo dia 1º de março para a apresentação da documentação ou da carta de desistência”, informa.
Hely destaca que desde a época em que foi divulgada a realização do concurso público, ainda em 2009, já era grande a demanda para o preenchimento de vagas na administração municipal. Ele explica que a convocação e nomeação dependem da boa vontade não só do prefeito Jeová Moreira da Costa, mas também dos secretários e chefes de departamento que devem requisitar servidores para cumprir o preenchimento de vagas existentes. “Não é só a aprovação que garante a convocação e nomeação dos convocados. É preciso que o prefeito, dentro do prazo de dois anos prorrogáveis por mais dois anos, convoque esses aprovados.”
O presidente do Sinplalto afirma ainda que conhece aprovados que não têm mais interesse de estar na prefeitura. “Ou porque estão em outro emprego, ou pelo salário da prefeitura que continua baixo. E essa desmotivação vai dando vaga para aquele que foi aprovado mais longe da classificação do número de vagas”, destaca. Hely esclarece que não existe nenhuma forma de pressionar o poder público para a nomeação dos aprovados. “O que temos notado nos cinco primeiros editais de convocação é que muitas pessoas que assumiram seus cargos trabalharam poucos dias, ou até meses, e não quiseram assumir seus cargos. Existem cargos anteriormente convocados e que estão sendo convocados outros aprovados para preencher as vagas”, completa.
Fonte: Rádio Cidade