O evento, em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), está programado para o mês de maio, em Brasília, com data a definir.
lntegrantes da Frente Sindical e Associativa Contra as Formas de Assédio no Serviço Público reuniram-se na sede da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), nesta quinta-feira (27). Eles elaboraram um plano estratégico de combate ao assédio no serviço público. O objetivo deste segundo encontro foi a definição de um plano de ação que viabilize a construção de instrumentos e políticas públicas de combate aos diversos tipos de assédio sofridos pelos servidores. Um deles será a realização de um seminário para dar visibilidade às atividades da Frente nos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
O evento, em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), está programado para o mês de maio, em Brasília, com data a definir. Para o presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty), Alexey van der Brooke, a Frente surgiu a partir da necessidade de dar uma resposta aos gravíssimos casos que vêm ocorrendo no âmbito do serviço público. “Tal circunstância nos motivou a sermos intolerantes com os intolerantes”, disse Alexey. Ele lembrou que o Sinditamaraty, em uma de suas reuniões, chegou à conclusão, em um caso ocorrido na Austrália que teve ampla repercussão na mídia: “O assédio não é uma particularidade dos servidores do Itamaraty, mas que sua amplitude atinge diversas categorias de servidores em qualquer nível hierárquico”, afirmou.
De acordo a integrante da Frente e advogada do Sinditamaraty, Eliane Cesário, o objetivo da organização é unificar a força sindical e associativa no combate do assédio moral e sexual no serviço público. A advogada informou que várias entidades públicas procuraram o Sinditamaraty. “Cada uma tinha seus problemas distintos; cada uma tinha sua política de atuação e, diante deste cenário, percebemos que, isoladamente, nós teríamos grande desperdício de esforço para resultados insuficientes. Então nós decidimos ampliar esse movimento para congregar as entidades representativas em prol de termos uma diretriz na luta contra as formas de assédio”, argumentou.
Segundo a presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal, SINPECPF, Leilane Ribeiro de Oliveira, o melhor caminho para a Frente atingir seus objetivos é através de uma intensa campanha de conscientização e forte atuação política. “Nós pretendemos marcar audiências com autoridades do poder executivo para que elas possam nos auxiliar na demanda e encaminhar um Projeto de Lei para dentro do Congresso. Seguiremos empenhados para que esse projeto venha ser autorizado, e que seja um forte instrumento para a criação de políticas públicas que incriminem, efetivamente, os diversos tipos de assédio”, destacou.
Além do seminário, os encaminhamentos versaram sobre: aproveitar o calendário eleitoral para colocar o problema na agenda de candidatos a cargos eletivos; elaborar uma justificativa à proposta de Projeto de Lei contra o assédio no serviço público desenvolvido pelo Sinditamaraty; criar instrumentos de comunicação como blog e fan page como meio de receber denúncias, identificadas e anônimas, para dar maior visibilidade à problemática do assédio com servidores públicos; buscar apoio político com o objetivo de criar uma Frente Parlamentar de Combate ao Assédio no serviço público; e agregar outras entidades que desejem participar e colaborar com as ações da Frente Sindical e Associativa Contra as Formas de Assédio no Serviço Público.