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Estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) a partir de dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta que a economia brasileira terá o pior desempenho econômico entre as dez maiores economias mundiais. O relatório toma como critério a paridade de poder de compra (PPC), que reflete as diferenças de custo de vida entre os países. Em 2021, segundo o FMI, as sete maiores economias do planeta terão desempenho superior ao brasileiro, revela a FGV.
O Brasil recuou no ranking global do Produto Interno Bruto (PIB) per capita em 2020 e deve continuar perdendo posições nos próximos anos, segundo projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI). Sobre o fato, a agência russa de notícias Sputnik Brasil entrevistou Claudio Considera, economista, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) e coautor do estudo.
— As sete maiores economias do mundo terão um desempenho em 2021, segundo o Fundo Monetário Internacional, superior ao desempenho do Brasil. A pandemia atingiu a gente fortemente, tendo em vista que grande parte do PIB brasileiro vem do setor de serviços, que é um setor que exige uma interação muito grande entre as pessoas — afirmou o analista.
Critérios
Segundo Considera, o Brasil não adotou as políticas corretas em relação à pandemia, não fazendo um confinamento, com a população não sendo orientada a usar máscara, e esta “fraqueza do governo em alertar a sociedade” fez com que o país não tivesse o controle da doença. Além disso, disse Considera, a vacinação começou tarde, está em um ritmo muito lento e isso fará com que o processo de retomada do crescimento seja muito adiado.
O autor do estudo avalia que a atual posição do país, oitavo lugar, no ranking das maiores economias do mundo deve ser alterada para 12º ou 13º lugar, pois essas são as previsões que o FMI faz a respeito.
No atual critério do PPC, a China é a maior economia mundial, seguida por EUA, Índia, Japão, Alemanha, Rússia, Indonésia e Brasil. A série histórica do ranking PPC foi alterada por causa da revisão para cima do PIB brasileiro de 2018 e 2019, melhorando a colocação do país na lista, o que agora se reverte.
Fonte: Correio do Brasil