Deputado federal Ademir Camilo (PDT) foi eleito para assumir a presidência da central em Minas Gerais. Aldo Liberato, presidente da Fesempre é eleito secretário geral.
O presidente do Sinplalto, Hely Aires, o deputado federal e presidente da UGT, Ademir Camilo, o presidente da Fesempre, Aldo Liberato, e o sindicalista Fabian Schettini.
No movimentado Congresso, que recebeu delegados sindicais representantes de várias categorias laborais, foi consenso a propositura do nome de Ademir Camilo, pelo comprometimento com os trabalhadores do Estado e pela influência que têm no Congresso Nacional. Camilo passa a ser mais um político inserido no movimento sindical, como Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical, também deputado federal pedetista e aliado do ministro do Trabalho Carlos Lupi. Ele preside a central mineira pelos próximos três anos e meio.
O presidente da Fesempre e do Sindicato dos Servidores de Contagem (SINDISCON), Aldo Liberato, assume mandato de secretário geral, cargo cuja responsabilidade é de direção executiva. “Para mim, foi uma grande honra ser indicado e aprovado para esse cargo, que é de extrema responsabilidade. Ele se ajusta bem às funções que já venho desempenhando na UGT em nível nacional, como secretário da Região Sudeste”, pontua o sindicalista, aludindo ao cargo de representação plural para o qual foi eleito no Congresso Nacional da UGT, em julho, em São Paulo.
O evento foi prestigiado por membros da Executiva Nacional, como o presidente Ricardo Patah, que ressaltou o fato da UGT-MG ter se tornado a maior regional da central no Brasil, e o secretário de organização e políticas sindicais Chiquinho Pereira.
O evento
A palestra inaugural do Congresso ficou a cargo do secretário de finanças da UGT nacional, José Moacir Pereira. Dentre outras questões, ele discorreu sobre movimentação financeira das centrais sindicais. “O controle dos recursos da contribuição que vai para as centrais é feito pelo TCU, que segue o artigo 71 da Constituição, que diz que o controle externo das contas do movimento sindical deve ser feito pelo Congresso com o auxílio desse tribunal”.
Ele diferenciou o dinheiro público que faz parte do orçamento sindical dos recursos próprios das entidades. “O dinheiro público vem da contribuição anual, que é compulsória, um imposto. As rendas próprias são convênios, contribuições associativas, etc. Estas o sindicato aplica como quiser”.
Valdemar Junior, representante da UGT – Santa Catarina, discorreu sobre trabalho decente. Seu enfoque foi o combate à exploração infantil. “Para alavancarmos as mudanças de que o país precisa, é necessário ênfase na empregabilidade dos jovens. Para isso, o Governo tem de dar pagamento digno aos professores, para preparar os jovens adequadamente”.
A última palestra ficou a cargo de João Soares, representante do Conselho Estadual de Saúde. Ele abordou o famigerado Sistema Único de Saúde (SUS). “Em 28 de dezembro de 1990, a lei 8.080 foi assinada, nos apresentando um sistema de saúde que no papel seria excelente. Mas a lei só se torna efetiva se aplicada e, para tanto, o cidadão precisa estar o tempo todo participando, ocupando os espaços garantidos pela Constituição. É por isso que o controle social do SUS se dá através dos conselhos”.