Uma lista de exceções, com categoria como policiais e professores, deve ser ampliada; a previsão de economia com essa medida foi reduzida de R$ 130 bilhões para R$ 43 bilhões
O presidente Jair Bolsonaro disse na noite desta quinta-feira (14) que deverá fazer uma videoconferência com governadores para tratar do projeto de socorro aos estados aprovado pelo Congresso e só depois decidirá se vetará ou não trecho da proposta que permite reajuste salarial a categorias do funcionalismo.
Bolsonaro conversou sobre a ideia da vídeoconferência em reunião nesta quinta-feira (14) com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
“Ficou pré-acertado que [ele] pretende, juntamente comigo, fazermos uma vídeoconferência com os governadores de todo o Brasil e aí sair um compromisso no tocante a possível veto ou não de artigos desse projeto”, explicou o presidente em entrevista na frente do Palácio da Alvorada.
Bolsonaro disse que “talvez” o encontro virtual com os governadores ocorra na semana que vem. A ideia da reunião, disse o presidente, é de Maia.
Na segunda (11), Bolsonaro havia dito que decidira até esta quarta-feira (13) a respeito do veto e afirmou atenderia “100%” o ministro Paulo Guedes (Economia), o que mostra uma mudança no discurso desta quinta (14) .
Inicialmente, havia no projeto de socorro aos Estados um dispositivo que previa entre as contrapartidas o congelamento de salários em municípios, estados e também na União até dezembro do ano que vem.
O ministro Paulo Guedes (Economia) defende que a União, Estados e municípios não concedam reajuste salarial aos servidores até o fim de 2021. Mas, em articulação chancelada por Bolsonaro, líderes governistas se uniram a parlamentares da oposição e do centrão para afrouxar a regra da equipe econômica.
Uma lista de exceções, com categoria como policiais e professores, foi ampliada. A previsão de economia com essa medida foi reduzida de R$ 130 bilhões para R$ 43 bilhões.
Depois da mudança no texto, Bolsonaro afirmou, na semana passada que, a pedido de Guedes, deverá vetar o dispositivo que poupa algumas categorias do congelamento, inclusive setores da base de apoio do governo, como policiais e oficiais das Forças Armadas
Por FOLHAPRESS
Foto: José Dias/PR