No dia 15, o trabalhador araxaense vai poder demonstrar sua indignação e definir o seu futuro, unindo a sua voz à de milhares de brasileiros.
Sindicalistas de diversas áreas se reuniram ontem pela terceira vez, na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Extração de Metais Básicos e Minerais Não-Metálicos, Indústrias Químicas e de Fertilizantes de Araxá e Região – Sima, para acertarem mais alguns detalhes da programação da Greve Geral do dia 15 de março, contra a Reforma da Previdência proposta pelo presidente Michel Temer.
Foi decidido novo local da concentração, no estacionamento do Ginásio Fausto Alvim(Avenida Imbiara), e o início da programação foi definido para as 16 horas. O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Araxá e Região (Sinplalto), Hely Aires, anunciou que irá solicitar à prefeitura que seja decretado ponto facultativo nos órgãos municipais no período da manifestação, para que haja maior adesão dos trabalhadores.
A partir desta terça, a comissão organizadora da greve irá visitar as escolas municipais, estaduais e particulares para divulgar o movimento. Em locais como o calçadão da Rua Olegário Maciel, Barreiro e feiras livres também haverá divulgação maciça. Foram confeccionadas 60 mil cartilhas com textos explicativos e passatempos para detalhar cada uma das propostas da famigerada reforma da Previdência (PEC 287) que está tramitando no Congresso Nacional. Todas as informações sobre o protesto podem ser conferidas na FanPage Sindicatos de Araxá contra a PEC 287.
O movimento grevista está previsto para ser deflagrado em todo o Brasil no Dia Nacional de Paralisação Contra a Reformada da Previdência, 15 de março. Segundo o presidente do Sima, Vicente Magalhães de Matos, o protesto dos trabalhadores contra as arbitrariedades do presidente da República é fundamental para pressionar os deputados e senadores, neste momento histórico que vive o país, diante da grave ameaça de desmonte da Previdência Social. Segundo ele, a paralisação nacional é a única forma de impedir essa reforma absurda.
A PEC 287 prevê, entre outras barbaridades contra os direitos dos trabalhadores, o limiteda idade mínima para a aposentadoria em 65 anos, com 25 anos de contribuição. A proposta sofre dura resistência das centrais sindicais e estabelece ainda uniformidade das regras para homens e mulheres,a redução da aposentadoria por invalidez, restrição de pensão por morte, aumento da alíquota de contribuição, proibição de acúmulo de benefícios, alterações na aposentadoria do trabalhador rural e de servidores públicos, regra de transição.
Hely Aires anunciou que o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Araxá e Região através do presidente Dermval Alves de Lima e o Diretor Financeiro Messias Alcassa aderiu o movimento
No dia 15, o trabalhador araxaense vai poder demonstrar sua indignação e definir o seu futuro, unindo a sua voz à de milhares de brasileiros, gritando:
Não à Reforma da Previdência!
Não à Reforma Trabalhista
Nenhum Direito a Menos!
Fora Temer!