Aconteceu ontem terça-feira uma reunião a presidente em exercício do Sinplalto Marlene Apolinário e secretaria Vanilda Gonçalves e comissão de trabalho das Agentes, Comunitárias de Saúde, Priscila Dayane da Silva, Marcela de Almeida Carneiro, Flávia de Fátima Silva e Bianca Aparecida Borges elas foram recebidas no gabinete do prefeito ser Robson Magela, e pelo Assessor Jurídico Jonathan Ferreira na pauta o trabalho e a valorização da categoria.
A comissão entregou um levantamento das dificuldades encontrada pela classe, para a realização para o trabalho com qualidade e também sobre os repasses do abono anual, previne Brasil e abono da Covid 19. Além de relatar as dificuldades por falta de comunicação, falta de profissionais ( médicos, enfermeiros e técnicos).
O Prefeito Municipal, Robson Magela, ouviu atentamente a comissão, e sugeriu uma reunião com os representantes de todos os Esf’s, um representante da Simplalto, e a Secretária de Saúde, Lorena Pinho, a reunião ficou definida que acontecerá dia 26/08 as 14:00 no auditório da Prefeitura.
Foi uma reunião muito produtiva, esclarecedora e pontuando que todos nos temos o mesmo objetivo, além de garantir todos direitos da classe, e principalmente levar uma qualidade em saúde para a população, ressaltou a servidora Flávia de Fátima Silva.
A presidente em exercício do Sinplalto Marlene Apolinário agradeceu ao prefeito pela atenção dada a categoria e principalmente receber a comissão e o sindicato, Marlene deixou claro que a intenção e trabalhar de forma amistosa e contribuir para o governo e valorização do servidor que a reunião demostra isso que o dialogo e melhor caminho, finalizou a presidente.
Ao final foi entregue um documento redigido pela comissão
Oficialmente implantado pelo Ministério da Saúde em 1991, o então Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) teve início no fim da década de 80 como uma iniciativa de algumas áreas do Nordeste (e outros lugares, como o Distrito Federal e São Paulo) em buscar alternativas para melhorar as condições de saúde de suas comunidades. Era uma nova categoria de trabalhadores, formada pela e para a própria comunidade, atuando e fazendo parte da saúde prestada nas localidades.
Hoje, a profissão de agente comunitário de saúde (ACS) é uma das mais estudadas pelas universidades de todo o País. Isso pelo fato de os ACS transitarem por ambos os espaços – governo e comunidade – e intermediarem essa interlocução. O que não é tarefa fácil.
O agente comunitário de saúde tem um papel muito importante no acolhimento, pois é membro da equipe que faz parte da comunidade, o que permite a criação de vínculos mais facilmente, propiciando o contato direto com a equipe.
O intuito desse documento é descrever e demonstrar a ações dos Agentes de Saúde, assim como levar as atribuições profissionais e reiterar nosso compromisso com a saúde e bem-estar da sociedade Araxaense.
Também fazemos um apelo através desse documento junto aos Gestão Municipal e conjunto de seus atores, para juntos possamos levar qualidade, informação e educação em Saúde para toda a população de Araxá.
Atualmente, são 22 equipes com 112 agentes comunitários de Saúde, atendendo 107.337 habitantes, sendo que a cobertura em julho de 2021 ficou em torno de 54,13% dessa população. Ou seja, cada agente de Saúde, acompanhou em média 513 indivíduos. Os motivos da baixa cobertura se deve alguns fatores, são eles, algumas equipes não estão completas, aumento populacional expressivo, com surgimento de novos bairros criando muitas áreas descobertas.
As atribuições do Agentes de Saúde em resumo são:
I – Realizar diagnóstico demográfico, social, cultural, ambiental, epidemiológico e sanitário do território em que atuam, contribuindo para o processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe;
II – Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção de doenças e agravos, em especial aqueles mais prevalentes no território, e de vigilância em saúde, por meio de visitas domiciliares regulares e de ações educativas individuais e coletivas, na UBS, no domicílio e outros espaços da comunidade, incluindo a investigação epidemiológica de casos suspeitos de doenças e agravos junto a outros profissionais da equipe quando necessário;
III – Realizar visitas domiciliares com periodicidade estabelecida no planejamento da equipe e conforme as necessidades de saúde da população, para o monitoramento da situação das famílias e indivíduos do território, com especial atenção às pessoas com agravos e condições que necessitem de maior número de visitas domiciliares;
IV – Identificar e registrar situações que interfiram no curso das doenças ou que tenham importância epidemiológica relacionada aos fatores ambientais, realizando, quando necessário, bloqueio de transmissão de doenças infecciosas e agravos;
V – Orientar a comunidade sobre sintomas, riscos e agentes transmissores de doenças e medidas de prevenção individual e coletiva;
VI – Identificar casos suspeitos de doenças e agravos, encaminhar os usuários para a unidade de saúde de referência, registrar e comunicar o fato à autoridade de saúde responsável pelo território;
VII – Informar e mobilizar a comunidade para desenvolver medidas simples de manejo ambiental e outras formas de intervenção no ambiente para o controle de vetores;
VIII – Conhecer o funcionamento das ações e serviços do seu território e orientar as pessoas quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis;
IX – Estimular a participação da comunidade nas políticas públicas voltadas para a área da saúde;
X – Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações intersetoriais de relevância para a promoção da qualidade de vida da população, como ações e programas de educação, esporte e lazer, assistência social, entre outros; e
XI – Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas por legislação específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor federal, municipal ou do Distrito Federal.
São atribuições específicas do ACS:
I – Trabalhar com adscrição de indivíduos e famílias em base geográfica definida e cadastrar todas as pessoas de sua área, mantendo os dados atualizados no sistema de informação da Atenção Básica vigente, utilizando-os de forma sistemática, com apoio da equipe, para a análise da situação de saúde, considerando as características sociais, econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas do território, e priorizando as situações a serem acompanhadas no planejamento local;
II – Utilizar instrumentos para a coleta de informações que apoiem no diagnóstico demográfico e sociocultural da comunidade;
III – Registrar, para fins de planejamento e acompanhamento das ações de saúde, os dados de nascimentos, óbitos, doenças e outros agravos à saúde, garantido o sigilo ético;
IV – Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a população adscrita à UBS, considerando as características e as finalidades do trabalho de acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou coletividades;
V – Informar os usuários sobre as datas e horários de consultas e exames agendados;
VI – Participar dos processos de regulação a partir da Atenção Básica para acompanhamento das necessidades dos usuários no que diz respeito a agendamentos ou desistências de consultas e exames solicitados;
VII – Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas por legislação específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor federal, municipal ou do Distrito Federal.
Poderão ser consideradas, ainda, atividades do Agente Comunitário de Saúde, a serem realizadas em caráter excepcional, assistidas por profissional de saúde de nível superior, membro da equipe, após treinamento específico e fornecimento de equipamentos adequados, em sua base geográfica de atuação, encaminhando o paciente para a unidade de saúde de referência.
Hoje em dia, além dessas as atribuições, temos que cumprir outras funções como recepção de unidades e serviços gerais.
Muitas equipes estão incompletas e há muitas áreas descobertas no município, fazendo que muitos Agentes de saúde fiquem responsáveis por mais de uma microárea.
O trabalho do Agente de Saúde é pautado na informação e na educação em saúde, que repassamos para a população assistidas, mais infelizmente nos dias atuais isso não acontece, informações não estão sendo repassada, não há mais capacitações que devem ser contínuas e permanentes. Visto que o nosso objetivo comum é a Prevenção em Saúde.
Há falta de médicos na maioria das Estratégia em saúde da Família, de enfermeiros coordenadores, recepcionistas e muitas unidades não têm acesso a internet, dificultando ainda mais a execução do trabalho.
A Atenção Básica municipal fechou as portas para o agente de Saúde. Não há diálogo direto, e nem podemos ligar para a secretária, para questionar qualquer assunto.
A tentativa de reestruturar as informações da Atenção primária em nível nacional, aqui no município de Araxá é falha, pois usa – se 03 sistemas diferente e que não atende verdadeiramente a demanda do trabalho, tornando – o moroso, repetitivo e ineficaz. São eles, Esus, Governa e GeoSaude.
Se faz necessário levantar nesse Documento, algumas reinvindicações dos Agentes Comunitário de Saúde de Araxá, cientes da compreensão e da boa fé na Gestão Municipal, para que possamos enfim atingir um objetivo comum, prestar um atendimento digno à população Araxaense.
- Acesso informação correta, precisa e em tempo hábil para repassar a comunidade.
- Ter um canal de comunicação com SMS de Araxá
- Curso de capitação constantes, que poderá ser feito on line, devido a pandemia.
- Conhecer as diretrizes e as mudanças do Previne Brasil, que até então não foram repassados aos interessados
- Dar resolutividade nos sistemas de informação usado pelos Agentes de Saúde.
- Colocar internet em todas a Estratégias de Saúde.
- Contratação de médicos, enfermeiros coordenadores capacitados, técnicos em enfermagem e recepcionistas para estruturar as equipes
- Estrutura física para o ESF Rural
- Processo seletivo para contratação de Agentes comunitários de Saúde para atender as áreas que estão descobertas.
- Uniforme para identificação.
- Repasse em tempo correto do incentivo de desempenho (Previne Brasil) e incentivo anual do combate à dengue, já repassado pelo governo Federal.
- Redivisão efetiva das áreas do município com a participação direta dos Agentes comunitários.
- Diminuir a distância entre as Estratégias em Saúde da Família e a população assistidas.
- Fortalecer a saúde mental do município, pois o desafio da pandemia não é só vírus, mais também tratar os indivíduos para que possam enfrentar as novas rotinas, o isolamento social e as perdas de entes queridos.
- Reestruturar o PIID, pois há muitos sequelados, acamados e domiciliados sem atendimento por falta de profissionais.
Por esses e tantos motivos, que buscamos junto a Gestão Municipal soluções conjuntas com a classe trabalhadora em questão, para que possamos encontrar o caminho para uma ação efetiva, compromissada, resolutiva no serviço em saúde prestado no município de Araxá.
O presidente da Feserv-Minas Hely Aires conversou na tarde de hoje com a presidente da Confederação nacional dos Agentes Comunitários de Saúde, Ilda Angélica dos Santos Correia e esta trabalhando para a realização de um congresso da categoria em Araxá no próximo ano .