Com grandes representações nacionais, estaduais e municipais; lideranças sindicais do setor público alinharam estratégias de ação conjunta com as centrais sindicais contra o desmonte dos serviços públicos.
Nesta quarta-feira (16/06), o Fórum das Centrais realizou reunião virtual específica para encaminhar estratégia de atuação conjunta com as representações sindicais do setor público pela derrubada da PEC 32/2020 (saiba mais), da chamada “Reforma Administrativa”, projeto que, na prática, desmonta os serviços públicos do país, desemparando o cidadão do acesso a serviços essenciais.
A reunião compilou sugestões de articulação política e mobilização de maneira a alinhar a melhor estratégia de atuação pela derrubada da PEC 32. O encontro virtual também contou com a participação do Deputado Federal Rogério Correia (PT-MG), parlamentar alinhado com a agenda de defesa dos serviços públicos e de seus servidores.
“O grande apelo do momento é enxergar a dimensão do que essa grande unidade de ação pode representar agora. Clamamos às centrais uma maior aproximação com a agenda do Movimento Basta, que tem como meta realizar audiências públicas em todas as capitais do país até o mês de outubro. Outro ponto sensível é levarmos uma mensagem clara para frear a capacidade destrutiva das incontáveis Fake News que circulam na internet. Essa é uma estratégia que não pode sair do nosso radar, uma vez que não defendemos uma narrativa vazia, nos atemos aos fatos para demonstrar, tecnicamente, os prejuízos econômicos e sociais que uma eventual aprovação dessa PEC pode resultar. Com a proximidade das eleições, sugiro apoiarmos candidatos que assumam, publicamente, o compromisso de revogar a Emenda Constitucional 95 e revisar o sistema da dívida pública, que abocanha quase 50% do Orçamento da União, este sim o verdadeiro responsável pela suposta crise fiscal que jogam, desonestamente, no colo dos servidores”, avaliou João Domingos Gomes dos Santos, presidente da CSPB e diretor de finanças da NCST.
“A Nova Central acompanha os encaminhamentos construídos conjuntamente. Os direitos fundamentais sem um serviço público eficiente e valorizado não se contemplam. A destruição dos serviços por meio dessa ‘PEC da Rachadinha’, representa uma autêntica metástase de corrupção. Tentam ludibriar a opinião pública apresentando privilégios incompatíveis com a realidade geral dos servidores, justamente os que beneficiam cúpula dos serviços públicos, precisamente aquelas categorias que não serão atingidas pela agenda de desmonte em curso”, alertou o presidente da NCST, José Reginaldo Inácio.
Na avaliação dos participantes a PEC 32 cria instrumentos que visam aniquilar serviços essenciais, abrindo caminho para ampliação da participação do setor privado, obrigando o cidadão com alguma renda a contratar estes serviços – ampliando suas despesas mensais – e impedindo que a população socialmente mais vulnerável tenha acesso a serviços como os ofertados pelo SUS, serviços de educação, serviços de segurança; enfim, tudo aquilo que lhe daria um mínimo de dignidade para exercer a cidadania.
O alinhamento de agenda das principais representações sindicais do setor público com as centrais sindicais, avaliam, representa um grande reforço de pressão política junto ao parlamento brasileiro. As lideranças sindicais chegaram ao consenso da urgência de impedir a reeleição de todas as representações políticas, e seus respectivos partidos, que preservarem apoio à destruição dos serviços públicos do país. “O desgaste será enorme”, garantiram.
Secom/CSPB com Imprensa NCST