Como último ponto da pauta, os dirigentes discutiram o mote do 1º de Maio, que neste ano deve girar torno da mudança na política macroeconômica do país com o tema “Desenvolvimento, com menos juros, mais salários e empregos”.
Dirigentes das centrais sindicais Força Sindical, CTB, CGTB, NCST e UGT realizaram na última semana um café da manhã, em São Paulo, para definir a agenda sindical para este ano e a organização do 1º de Maio. Como resultado do encontro, ficou acertada a construção de um Pacto pelo desenvolvimento, emprego e distribuição de renda. Outro tema que ganhou destaque durante a reunião foi a questão da contribuição sindical. O julgamento da ADI 4067, impetrada pelos Democratas, pede a extinção do imposto sindical e está parada no Supremo Tribunal Federal (STF) desde março de 2010, quando o ministro Carlos Ayres Britto, então presidente da corte, pediu vistas do processo.
Os sindicalistas demonstraram preocupação com essa possibilidade, já que a iniciativa impossibilitaria a ação de diversos sindicatos pequenos, porém representativos, espalhados Brasil afora. Preocupados com a pauta dos trabalhadores e os rumos da política macroeconômica do Brasil, durante a reunião os sindicalistas definiram a criação de um Pacto pelo Desenvolvimento, Distribuição de Renda e Empregos. “A unidade destas centrais só irá reforçar nossa luta”, definiu o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. “Queremos aprovar a pauta trabalhista”.
Além de Paulinho, participaram da reunião pela Força Sindical: João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário geral da Força Sindical, Miguel Torres; vice-presidente da Força Sindical e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo; Eunice Cabral, presidente do Sindicato das Costureiras de SP e da Conaccovest; Valclécia Trindade, 2ª secretária da Força Sindical; Neuza Barbosa, Secretária de Políticas de Emprego e Qualificação Profissional da Força Sindical.
Estiveram presentes também Ubiracy Dantas, presidente da CGTB; Ricardo Patah, presidente da UGT e Luisinho, prresidente da NCST-SP. Para o presidente da CTB, Wagner Gomes, está mais do que na hora de pressionar para que a agenda dos trabalhadores entre na pauta do Congresso Nacional. “É preciso que se fortaleça o pacto de crescimento, o país precisa ter mais empregos e com qualidade. Mas para isso a presidenta vai pressionar do apoio dos trabalhadores”, destacou.
Além da confecção do documento intitulado “Pacto pelo Desenvolvimento, Distribuição de Renda e Empregos”, ficou definida a realização de uma reunião com o empresariado, que deve acontecer na próxima semana, no sentido de unificar forças e fortalecer a luta dos trabalhadores.
Dia do Trabalhador: menos juros e mais salários
Como último ponto da pauta, os dirigentes discutiram o mote do 1º de Maio, que neste ano deve girar torno da mudança na política macroeconômica do país com o tema “Desenvolvimento, com menos juros, mais salários e empregos”. Vale ressaltar que as 5 centrais irão novamente unidas preparar o Dia do Trabalhador, realizado na Praça Campo de Bagatelle, zona norte de São Paulo.
Confira os pontos que compõem a agenda de lutas das centrais para 2012:
• Mudanças na política econômica – reduzir os juros, conquistar o desenvolvimento com valorização do trabalho, distribuir renda e fortalecer o mercado interno; Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução do salário;
• Fim do Fator Previdenciário, por uma política de valorização das aposentadorias;
• Regulamentação da terceirização para garantir os direitos dos trabalhadores;
• Ratificação da Convenção 158 da OIT para combater a rotatividade da mão de obra;
• Regulamentação da Convenção 151 da OIT, pelo direito de organização e negociação coletiva dos servidores públicos;
• Reformas agrária e urbana;
• 10% do Pré-sal para educação;
• Pela soberania nacional e autodeterminação dos povos.
Fonte: Força Nacional