1ª manifestação reuniu mais de 150 profissionais. As 13h profissionais fazem novo protesto em frente à Igreja Matriz. Mobilização será finalizada na Câmara Municipal.
A Paralisação da Rede Municipal de Educação atingiu 90% das unidades de ensino. A maioria das escolas municipais aderiu parcialmente o movimento, já que alguns pais não receberam o comunicado sobre a manifestação dos profissionais da rede de ensino, decidida na tarde da última segunda-feira, 22. O Sindicato dos Servidores Municipais de Araxá e Região (Sinplalto) sugeriu que apenas servidores efetivos e concursados participassem do movimento. Já os contratados deveriam comparecer as unidades de ensino para evitar qualquer tipo de assedio moral por parte do poder público. De acordo com a Policia Militar, mais de 150 profissionais da rede municipal participaram da 1ª manifestação desta terça-feira, 23.
Com gritos de valorização do servidor, professores e demais profissionais da rede municipal de educação, além de pais e alunos, realizaram mais de uma hora de protesto pela falta de valorização da categoria e o não cumprimento do piso nacional da educação por parte da Prefeitura de Araxá. A revolta da categoria chegou ao limite com a publicação do decreto municipal, de autoria do prefeito municipal, que concede gratificação de 50% a alguns servidores da Secretaria Municipal de Educação. Um novo protesto está marcado para esta tarde, às 13h, em frente à Igreja Matriz e será encerrado durante a reunião da Câmara Municipal.
De acordo com o presidente do Sinplalto, Hely Aires, a paralisação dos servidores da educação entra para a historia do município. “A paciência do servidor público chegou ao limite. Esse é um movimento dos profissionais da educação, mas conta com o apoio dos demais setores. Tivemos a participação de todos os servidores. Quem não compareceu telefonou no sindicato manifestando apoio ao movimento. Inclusive, já recebemos contato com de servidores da saúde solicitando ao Sinplalto que promova um protesto semelhante, com paralisação de parte da rede municipal de saúde. Temos que conversar, temos que negociar a Data-Base. Servidores exigem do Sinplalto uma greve geral, mas, o momento é de negociação com o poder público. O protesto é uma forma público de mostrar a revolta da categoria e que, nós, servidores estamos unidos.
Hely acrescenta que a Data-Base é o único caminho para evitar uma paralisação do serviço público. “O prefeito nomeou a comissão de negociação da Data-Base e temos que negociar. A situação do servidor é delicada e temos que colocar prioridades nesta negociação com o poder público. Sabemos das dificuldades e o quanto o serviço público e a população ficarão prejudicados com uma greve geral. O Manifesto da Educação, que tem tido adesão geral de todos os servidores municipais termina hoje na Câmara Municipal, mas as conversas continuam. As aulas retornam normalmente amanha, quarta-feira, 24, mas uma nova paralisação não está descartada”, ressalta Hely.