Prefeito Jeová decidiu que a folha de pagamento não pode ultrapassar 40% da receita da prefeitura e que o reajuste está descartado se a folha de pagamento ultrapassar o indice estipulado pelo chefe do Executivo
O estudo realizado pelo chefe do Controle Interno da Secretaria de Planejamento e Gestão da Prefeitura de Araxá, Arnildo Morais, demonstrou que a Administração Municipal pode conceder 11% de reajuste salarial para os servidores públicos municipais. Esse estudo foi realizado a pedido do então prefeito interino Miguel Júnior (PMDB) e ficou pronto ontem, no seu último dia de interinidade. Miguel precisava desse estudo para elaborar o projeto de reajuste e enviá-lo para a Câmara de Vereadores. Não deu tempo. Jeová disse que vai descartar o reajuste dos servidores se a folha de pagamento ultrapassar os 40% da receita do município. O estudo feito aponta que com o reajuste dos salários do funcionalismo vai consumir 46% da receita, o que significa que os servidores da Prefeitura não terão os seus salários reajustados.
No estudo realizado não foram incluídos reajustes salariais para os professores, que já recebem o Piso Nacional da Educação; os dentistas, que tiveram um aumento considerável recentemente; e os servidores comissionados. O estudo demonstrado por A mais B que a Prefeitura de Araxá tem plenas condições de conceder 11% de reajuste salarial para o funcionalismo público municipal. Com esse reajuste a folha de pagamento da Administração Municipal vai consumir 46% da receita da Prefeitura, o que está dentro do limite estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Porém, o prefeito Jeová decidiu por conta própria que a folha de pagamento não pode ultrapassar 40% da receita. Ele deixou claro hoje na entrevista que concedeu à Rádio Imbiara que o reajuste dos servidores está descartado se a folha de pagamento ultrapassar os 40%.
Ora bolas, se a Lei de Responsabilidade Fiscal permite que a folha de pagamento do funcionalismo consuma os 46% da receita do município previstos no estudo realizado, é uma irresponsabilidade o prefeito de uma cidade de alta arrecadação como Araxá virar as costas para os servidores que fazem a Prefeitura funcionar e deixá-los sem o reajuste salarial. Eu diria que é até desumano, pois a maioria dos servidores ganha pouco mais do que um salário mínimo e um reajuste de 11% os ajudaria bastante a enfrentar as dificuldades do dia a dia. Resta esperar agora qual será a reação dos servidores da Prefeitura de Araxá diante da negativa do prefeito Jeová em lhes conceder o reajuste que o estudo realizado pela Secretaria de Planejamento e Gestão demonstrou ser totalmente viável. Jeová está correndo o sério risco de enfrentar mais uma greve do funcionalismo público municipal.
Informações:Blog do Germano